Era uma vez uma menina que vivia numa pequena aldeia. Ela era conhecida como Capuchinho Vermelho. Capuchinho tinha um melhor amigo peculiar, o Lobo. Muitos diziam que para benefício próprio deveria afastar-se do Lobo, pois muitos achavam que este era mau.
Certo dia Capuchinho e o Lobo estavam a caminho da casa da Avozinha para lhe entregar algumas guloseimas e medicamentos. Ambos estavam num ótimo diálogo, até que a Capuchinho sente o Lobo silencioso, nem o som dos seus pesados pés contra o chão ouvia. Ela olhou para o lado e não viu o seu amigo.
— Lobo? Onde estás? Lobo! — entrou em desespero.
A Capuchinho rapidamente dirigiu-se à casa da Avozinha, deu-lhe as guloseimas e os medicamentos e pediu ajuda para procurar o Lobo.
Seguiram pela floresta, onde procuraram e procuraram incessantemente.
— Ouviste isto, minha neta?
Lá estava ele! Mas o Lobo não estava sozinho. Ao seu lado, estava o Lenhador, prestes a exterminar o pobre Lobo.
— Pare! Por favor! Não faça uma atrocidade dessas, senhor Lenhador, irá arrepender-se. O Lobo é um bom ser — interveio a Capuchinho, que não queria perder o seu melhor amigo.
— Não sabe do que fala menina, é muito jovem e inocente. Quando menos esperar, este animal irá traí-la e comê-la a si e à sua avó.
— Pense, senhor. Se o Lobo me quisesse como seu manjar, já teria o feito. Estamos a falar de uma vida. E se fosse consigo?
O Lenhador ficou pensativo. Capuchinho estava corretíssima. Então, o Lenhador desistiu a sua ideia.
No fim, todos foram para casa da Avozinha, onde lancharam juntos. O Lobo ficou vivo e até conseguiu a confiança dos outros habitantes da aldeia.
Luna B., 7.º 4 (2021/22), outubro e novembro de 2021.