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Cindarela em Nova Iorque: Histórias Reescritas

(Montagem de ilustrações) menina com ramo de flores junto a cama, senhora com vestido armado, homem verificando sapato de senhora e mulher de vestes diáfanas na água
Montagem a partir de ilustrações de Carl Offterdinger, Warwick Goble e ilustrador desconhecido em Domínio Público

Era uma vez uma linda jovem chamada Cindarela que vivia com o seu pai, um empresário milionário.

Cindarela perdera a mãe ainda bebé e o seu pai, pensando que a menina precisava de uma nova mãe, decidiu casar-se novamente.

A nova madrasta da Cindarela também era viúva e tinha duas filhas muito feias e muito más, do seu primeiro casamento.

Como o seu pai viajava muito, a madrasta malvada e as suas novas irmãs obrigavam a Cindarela a fazer todos os trabalhos domésticos, fazendo troça dela sempre que podiam e fingindo-se muito amigas, na presença do pai.

Quando o pai da menina morreu, por ordem da madrasta a Cindarela passou a dormir no sótão e a vestir-se de empregada doméstica. A menina nada mais tinha que o seu pobre quarto e os seus amigos animais que habitavam na floresta.

Um certo dia, foi anunciado, em Nova Iorque, que o presidente daquele país iria dar uma festa na sua mansão para que o seu filho, um jovem e belo rapaz, pudesse escolher entre todas as jovens da cidade aquela que viria a ser sua esposa.

Temendo que Cindarela fosse a jovem escolhida pois ela era realmente muito linda, a madrasta proibiu-a de ir à festa, argumentando não ter roupas adequadas para vestir, enquanto as suas irmãs experimentavam vestidos luxuosos para usarem na festa.

Cindarela, como era muito teimosa, decidiu fazer o seu próprio vestido, com ajuda dos seus amiguinhos da floresta. No final, estava satisfeita, pois tinha conseguido fazer um lindo vestido.

Mas, na noite da festa, a madrasta e as suas filhas descobriram o vestido e rasgaram-no em mil pedaços!

Triste, Cindarela foi para o quarto chorar, cheia de tristeza e desespero. Sentada à janela, lamentava-se:

— Como sou infeliz! Não tenho tecido, nem tempo, para fazer um novo vestido…

Nesse mesmo instante, apareceu a sua fada que lhe disse:

— Não chores mais, Cindarela, pois com a minha varinha mágica transformarei essa mesa numa linda limusina branca e dar-te-ei uma nova roupa (a roupa era um conjunto de saia com um top preto).

Cindarela, feliz da vida, entrou na limusina, mas não antes de ouvir as recomendações da fada:

— O encantamento terminará à meia-noite. Por isso, terás de voltar para casa antes da última badalada, pois tudo voltará a ser o que era.

A jovem menina acenou que sim à fada com a cabeça e partiu em direção à mansão.

O jovem, que não tinha demonstrado até então qualquer interesse pelas meninas que se encontravam na festa, mal viu a Cindarela apaixonou-se perdidamente por ela.

Eles dançaram até que o relógio da mansão começou a tocar as doze badaladas. Cindarela, ao ouvir o relógio, fugiu tão rapidamente que perdeu um dos seus luxuosos sapatos, da Jordons.

Mais tarde, na tentativa de encontrar a dona do sapato, os criados foram percorrendo todas as casas e experimentando o sapato em cada uma das jovens. Quando chegaram a casa da Cindarela, a madrasta só chamou as suas duas filhas e ordenou ao criado que lhes colocasse o sapato. Por muito que se esforçassem, o sapato não serviu a nenhuma das irmãs.

Foi então que Cindarela surgiu na sala e o criado insistiu em calçar-lhe o sapato. Este entrou sem dificuldade alguma. A madrasta e as suas filhas nem queriam acreditar!

O jovem, sabendo o sucedido, veio imediatamente buscar a Cindarela com o seu carro luxuoso e levou-a para a mansão, onde a apresentou ao pai e à mãe.

Poucos dias depois, casaram-se numa linda festa no Dubai e foram felizes para sempre!

Amina B. e Suaile D., 5.º 2 (2021/22), outubro e novembro de 2021.