Agrupamento de Escolas Visconde de Juromenha

Dia Mundial da Língua Portuguesa

Grande painel com 3 figuras e texto a meio afixado ao longo de 2 paredes de átrio

Leituras em voz alta com diferentes sotaques de um texto de Saramago sobre a generosidade dos livros, testemunhos sobre o que é a nossa língua para cada um de nós e muitos passatempos são algumas das iniciativas da nossa biblioteca para comemorar o Dia Mundial da Língua Portuguesa (5 de maio), que se festeja desde 2020.

Leitura em voz alta — com sotaque

Alunos e professores de diferentes regiões de Portugal ou países gravaram a sua leitura de um excerto de A Caverna de José Saramago. Responderam ao desafio Ler em vários sotaques do Plano Nacional de Leitura.

Os sotaques são como diferentes versões da mesma música, a língua que falamos e tornam-na mais rica. Apreciem-nos:

  • 8.º 7, Philip (Brasil):
  • 7.º 5, Madalena (S. Tomé e Príncipe):
  • 6.º 7, Markiian (Ucrânia):
  • Helena P (Porto):
  • Ana Isabel F (Beja):
  • Ana Sofia S (Madeira):
  • Paulo A (Açores):

A Língua Portuguesa é...

Pedimos que nos deixassem um testemunho sobre a nossa língua. Aproveitou-se um velho dossiê, que foi forrado e decorado a preceito — com a devida vénia a Almada Negreiros (grande artista que se dedicou às artes plásticas e à escrita) e ao seu retrato de Fernando Pessoa e às citações de diversos autores lusófonos...

  • Dossiê aberto em mesa com vários textos no verso da capa
    Na parte de dentro do dossiê existem pequenos textos sobre a língua portuguesa e um cordel segura uma esferográfica.
  • Dossiê aberto com grande fiolha à esquerda contendo pintura e «A Língua Portuguesa é...»
    A primeira página do dossiê é um convite a que cada um escreva breves palavras sobre o que significa para si a nossa língua. O dossiê visitou várias turmas em sala de aula.

[A Língua Portuguesa...] é onde os escritores escrevem as tuas histórias e poesia.

Amina, 5.º 2 2021/22

...é fundamental para a nossa aprendizagem e é uma língua com muita história.

Gonçalo R, 5.º 4 2021/22

...é uma das melhores formas de dizer o que sentimos.

Denilson, 6.º 1 2021/22

...é uma língua incrível, que nos ensina várias coisas e não conseguimos viver sem ela.

Esther, 6.º 1 2021/22

...é uma língua que traz muita inspiração.

Elisabeth, 6.º 4 2021/22

...é incrível porque podemos dizer formas de amor na nossa língua.

Pedro R, 6.º 4 2021/22

...é parte das nossas origens.

Paula G, 6.º 7 2021/22

...é uma mistura de lindos poemas.

Alícia, 7.º 1 2021/22

...é uma língua bonita e sofisticada e também a língua do amor.

Alícia, 8.º 4 2021/22

...é uma língua poderosa, única, magnífica...

Ratzinquer, 8.º 4 2021/22

...é a paixão nas palavras.

Cláudia R, 9.º 3 2021/22

...é também complexa.

Nayma, 9.º 3 2021/22

...é uma ponte que nos permite atravessar com segurança de um lugar para o outro.

André, 9.º 4 2021/22

...é um livro com muitos significados.

Íris, 9.º 4 2021/22

...é um elástico que estica pelo mundo.

Jeovana, 9.º 4 2021/22

...é uma maneira de nos podermos expressar numa folha ou pessoalmente, com sentimento.

Matilde, 9.º 4 2021/22

Passatempos, curiosidades...

  • Mesa com várias folhas dispostas ordenadamente
    Sopas de letras, descobrir expressões idiomáticas, anedotas desordenadas, textos a precisarem de pontuação e outros passatempos engraçados ficaram à disposição de todos.
  • Papagaio de papel suspenso do teto junto a estante com outras estantes e mesa em fundo
    Sabiam que em cada dez palavras que escrevemos há um «de», «do» ou «da»)? Que «grande» é o adjetivo que mais usamos e «ser» ganha nos verbos? Que a palavra mais longa tem 46 letras? Estas e outras curiosidades estão afixadas à sombra de um papagaio de papel gigante.

A nossa língua nas palavras de outros

Felizmente existem os livros. Podemos esquecê-los numa prateleira ou num baú, deixá-los entregues ao pó e às traças, abandoná-los na escuridão das caves, podemos não lhes pôr os olhos em cima nem tocar-lhes durante anos e anos, mas eles não se importam, esperam tranquilamente, fechados sobre si mesmos para que nada do que têm dentro se perca, o momento que sempre chega, aquele dia em que nos perguntamos, Onde estará aquele livro que ensina a cozer os barros, e o livro, finalmente convocado, aparece…

José Saramago, A Caverna

A minha língua — aquela de que me sirvo para escrever —, não se restringe às fronteiras de Angola, de Portugal ou do Brasil. A minha língua é a soma de todas as suas variantes. É plural e democrática.

José Eduardo Agualusa (jornalista e escritor, Angola)

A nossa língua comum foi construída por laços antigos, tão antigos que por vezes lhes perdemos o rasto.

Mia Couto (escritor, Moçambique)

A língua nasceu solta e desenvolta. Nasceu virada para fora de si, irmanada com os lábios, os dentes e as cordas vocais que lhe deram a fala, a música, o grito e o silêncio, próprio da caverna onde livremente se encontra enclausurada. A língua serve-se dos olhos, de tudo ao seu alcance e fora dele para, sem papas, testemunhar a nossa relação com a vida. A língua é assim aquela coisa que nos permite, dentro do nosso silêncio, dizer tudo sem nada ter dito.

Odete Semedo (escritora, professora universitária e política, Guiné-Bissau)

Júlia Fernandes, Lúcia Mata, Anabela Almeida, Maria Miquelina Matias, Helena Caroça, Leonilde Ramalho, Paulo Capote, Augusto Henriques, Teresa Santos, alunos do Estabelecimento Prisional da Carregueira, Ana Isabel Fernandes, Ana Sofia Santos, Helena Pereira, Paulo Almeida, Markiian (6.º 7 2021/22), Philip (8.º 7 2021/22), Ana Catarina Caramona e António Padilha, 10, 5 e 4 de maio de 2022